Ruby Brindges, a primeira criança negra a frequentar uma escola para brancos no Sul dos Estados Unidos, precisava ser protegida por oficiais porque recebia ameaças de morte.

Ruby Brindges, a primeira criança negra a frequentar uma escola para brancos no Sul dos Estados Unidos, precisava ser protegida por oficiais porque recebia ameaças de morte.


O Filme: “Ruby Bridges – Uma Menina luta por seus Direitos”, Drama, USA 1998





CONHEÇA RUBY BRIDGES, A PRIMEIRA ALUNA NEGRA A PISAR EM UMA ESCOLA PARA BRANCOS NOS EUA


Na época em que era proibido que negros compartilhassem espaços com brancos, essa estudante deu o primeiro passo para a escola multirracial
Desde a abolição da escravidão, no século XIX, os EUA possuem um problema relativo à questão racial. Assim como foi na África do Sul e quase aconteceu no Brasil, 
os EUA possuíam um sistema legal estruturado que obrigava a separação de espaços para pessoas brancas, nos centros urbanos, e negros, nas periferias.



As praças eram destinadas para grupos específicos, baseados em cor. Os bebedouros eram separados. Havia delimitações policiais dentro dos ônibus para a segregação. 
E as escolas não eram diferentes: havia escolas para pessoas brancas e escolas para pessoas negras (normalmente, de pior qualidade). 
O regime de segregação racial, ou apartheid, era uma política oficial de estado e começou a ser abertamente questionado pelos movimentos de direitos civis nos anos 1950 e 1960.



Os ônibus tinham separações e o fundo era reservado aos negros (Reprodução)




Os ônibus tinham separações e o fundo era reservado aos negros (Reprodução)
 Um dos primeiros casos de tentativas oficiais de mudar o sistema segregacionista foi implantado no estado da Louisiana: foi arquitetado um projeto do governo federal de entrada
 de alunos negros nas escolas de educação infantil, numa tentativa de acabar com a segregação na educação. Houve uma primeira tentativa, que tinha que lidar não somente com a
 estrutura 
legal da segregação, mas também com a resistência das pessoas que, interiorizado o racismo e a defesa da segregação, se negavam a aceitar o projeto de integração entre pessoas brancas 
e negras.

A primeira tentativa deste projeto ficou a cargo da pequena Ruby Bridges, uma garota negra de 6 anos de idade e que foi a primeira criança negra dos EUA a estudar oficialmente
 em uma escola 
destinada a crianças brancas.
Ruby, então, se dirigiu à escola William Frantz, em Nova Orleans, no dia 14 de novembro de 1960. É claro que o projeto e a participação de Ruby exigiu uma coragem destacada,
 pois sua própria vida
 e a integridade física estavam em risco com a situação, que poderia se deparar com algum extremista ou qualquer manifestação mais violenta de racismo.
 Por isso, Ruby passou todo o processo escoltada por policiais federais. Porém, ao entrar na escola, Ruby deu de cara com um prédio vazio. E, em protesto ao projeto, o corpo de
 professores da instituição se recusou a ministrar as aulas nessa situação diferenciada e declarou que só iria dar aulas às crianças brancas. 
Os pais também se mobilizaram e não levaram seus filhos para a escola neste dia, se recusando a sujeitar seus filhos ao contato com uma pessoa negra.






Somente uma professora daquela escola aceitou a situação e ficou solitária nas dependências do prédio na chegada da nova aluna. 
E assim fez, ministrando as aulas durante o ano inteiro, fazendo como se a presença geral dos alunos seguisse em sua normalidade.

No fim do período do primeiro dia de aula, Ruby saiu escoltada por três delegados armados e preparados, pois era de conhecimento geral a multidão de 1.000 pessoas brancas em protesto na frente
 da escola, gritando, ofendendo e cuspindo em cima da criança, em apoio ao racismo estrutural e das leis de segregação, chegando a jurar várias vezes à morte de Ruby.
Porém, a menina não perdeu a postura de coragem pelo feito histórico. É registrado que o delegado federal Charles Burks destacou em sua fala a coragem da menina: 
"Ela mostrou muita coragem. Ela nunca chorou. Ela não choramingou. Ela só marchava como um pequeno soldado, e nós estamos todos muito, muito orgulhosos dela".
As lutas contra a segregação duraram anos nos EUA e foi necessária muita luta pelo fim do sistema violento e racista que separava os brancos dos negros em um esquema que claramente 
visava prejudicar a população negra do país e subjugá-la à suposta inferioridade. É claro que a história destacou os nomes de Martin Luther King e Malcolm X nas lutas pelos
 direitos civis, mas muita gente esteve presente contra o racismo da população mais poderosa dos EUA e a favor da igualdade.


Fonte da notícia: Editora CARAS S/A




Vamos saber mais um pouco sobre que é ela.




Com 6 anos de idade, Ruby Bridges tornou-se voluntária, pelos seus pais, para participar de um procedimento de integração em uma escola de brancos do sul dos Estados Unidos da América,
 região que insistia em não respeitar a lei pelo fim da segregação racial. Ruby Bridges foi aceita por imposição da Justiça e estou no Jardim da Infância da William Frantz Elementary School, 
de Nova Orleans.
O caminho para escola no seu primeiro dia de aula foi marcado por apalpamentos ruidosos de donas de casa e adolescentes brancos enraivecidos, medo e racismo. 
E quando entrou na escola, Ruby encontrou um espaço silencioso e vazio. Mães furiosas tiraram as suas crianças da escola, alegando que elas só voltariam quando a menina negra saísse.
  
Os professores também se recusaram a trabalhar, à exceção da educadora Barbara Henry. Assim, por todo o ano letivo, a escola ensinou apenas para cinco alunos. 
Ruby e outros quatro estudantes brancos.
  
O caminho
Resultado de imagem para ruby bridgesMas chegar e sair da escola não foi um desafio só no primeiro dia de aula. Os protestos na rua eram constantes e recheados de violência física e psicológica. 
Era uma mulher que protestava do lado de fora com um caixão de criança coberto por uma camisola negra, outra que prometia envenenar a menina, outros ainda que atiravam objetos em seu corpo,
 gritavam palavras pesadas, desrespeitosas...
A situação era tão grave que durante meses, Ruby, com seus 6 anos de idade, teve que ir e voltar da escola acompanhada por agentes federais.
Mesmo assim, “ela não desistiu, não chorou, sequer fraquejou. Era uma pequena soldada” – palavras de Charles Burks, um dos policiais que a escoltavam.
Seus pais também não escaparam. Foram severamente ameaçados, perseguidos. Todos aguentaram e, no ano seguinte, 
Ruby não estava mais sozinha na escola. Inspirados por sua coragem e pela coragem de sua família, outras crianças negras foram matriculadas na William Frantz Elementary School.
História
Ruby Bridges é um ícone do movimento pelos direitos civis e o seu livro “Through My Eyes” conta a história de como era ser uma garota negra de 6 anos de Nova Orleans, 
Louisiana, que preparou o terreno para a integração escolar.
Em 1954, ano em que Ruby nasceu, o Supremo Tribunal dos EUA ordenou o fim do “separados mas iguais” na educação para crianças africano-americanas. Escolas no sul do país ignoraram a decisão.  
À Louisiana foi dado o prazo até final de setembro de 1960, para integrar as escolas de Nova Orleans. Elas começariam com os Jardins de Infância  e iriam  integrar um ano escolar de cada vez.  
Resultado de imagem para ruby bridgesRuby Bridges era apenas uma das cinco crianças negras que passaram no teste para determinar quais crianças seriam enviadas para as escolas dos “brancos”.
 O teste foi criado para impedir as crianças negras de conquistarem uma vaga. Mas Ruby se destacou intelectualmente e, por isso, a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor 
procurou os Bridges para que Ruby fosse uma das primeiras crianças negras a estudar numa tradicional escola de brancos. Mesmo receosos, os pais autorizaram.


Ruby Bridges vive em Nova Orleans. Criou, em 1999, a Fundação Ruby Bridges que, além de combater o racismo, trabalha com inclusão social.
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